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Museu das Culturas Indígenas recebe primeiro festival de literatura dos povos originários

Programação com feira literária, rodas de conversa e leituras coletivas começa nesta terça (18)

Por Luana Machado
14 nov 2025, 08h00
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Fachada do museu na Água Branca (Museu das Culturas Indígenas/Divulgação)
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Em guarani, o significado de palavra, ayvu, transcende os limites da linguagem. Para o povo, ayvu é a essência da humanidade, parte do fluxo da existência do ser humano que envolve também a natureza e a comunidade. Essa tríade será celebrada de 18 a 23 de novembro no Museu das Culturas Indígenas, na Água Branca, durante o primeiro Festival Literário Ayvu Nhevaitim, que busca jogar luz sobre a produção literária indígena do Brasil.

Com a participação de 26 autores, entre expositores e convidados, o evento homenageia a geração de escritores publicados nos anos 1990, como Marcos Terena, Verenilde Pereira, Eliane Potiguara, Ademario Ribeiro Payayá, Ailton Krenak, Graça Graúna e Daniel Munduruku. “Esse primeiro capítulo é para lembrar quem são os nossos escritores da primeira geração, que construíram o caminho que a minha geração trilha”, conta Trudruá Dorrico, escritora Macuxi e curadora do festival.

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A curadora Trudruá Dorrico (Arquivo pessoal/Divulgação)

Serão seis dias de programação híbrida com rodas de conversa, contação de história e lançamentos de livros. A abertura, na terça (18), às 15h, em uma live no YouTube do museu, contará com a participação de Timóteo Verá Tupã Popygua e Ubiratã Awá Baretédjú, autores guarani e tupi-guarani, dois povos radicados no estado de São Paulo. “O festival é muito importante para fortalecer a nossa visão de mundo. É uma troca de saberes entre culturas, além de incentivar leitores a celebrar a arte indígena”, compartilha Timóteo, que lançou no ano passado seu segundo livro, A Folha Divina, pela Coleção Mundo Indígena.

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Timóteo Tupã estará na abertura (Edu Simões/Divulgação)
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As conversas trarão temas como literatura indígena na formação das infâncias, os entremeios com a política e autoria feminina. “O desejo é de conversar com o leitor, seja ele estudante, professor ou apenas um apaixonado pela leitura. É essencial falar sobre as questões políticas, claro, não temos como nos abster de temas como educação, demarcação e saúde. Mas queremos, sobretudo, semear a palavra. Que as pessoas possam circular pelo museu e, de repente, falar um ‘bom-dia’ em outra língua”, espera Trudruá.

A agenda inclui ainda exibição do filme A Festa dos Encantados (2016), leitura coletiva, show do grupo OZ Guarani e uma feira com descontos de até 50%. Por lá, vão estar dez editoras e duas livrarias, a Pé de Livro e Movimento Literário.

Museu das Culturas Indígenas. Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca, ☎ 3873-1541. → Ter. (18) a dom. (23), 11h/17h30. Grátis

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Publicado em VEJA São Paulo de 14 de novembro de 2025, edição nº 2970

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