Marina Ruy Barbosa: “Tremembé é quase como um estudo psicológico”, diz atriz sobre série da Prime
Baseada no livro homônimo de Ulisses Campbell, a obra estreia nesta sexta-feira (31)
O cotidiano, as relações de poder e as particularidades de um complexo penitenciário que abriga figuras conhecidas das manchetes policiais. Essa é a premissa da nova série de true crime brasileira Tremembé. Serão cinco episódios com lançamento internacional marcado para esta sexta-feira (31), na Prime Video.
“A gente ter um projeto totalmente brasileiro, com histórias brasileiras, feito aqui e levar isso para o mundo é uma glória”, declara Marina Ruy Barbosa em entrevista à Vejinha.
Na série, a atriz interpreta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por matar os pais em 2002. “A gente vai mostrar os bastidores do que aconteceu após a condenação.”
A série aborda o Complexo Penitenciário de Tremembé, conhecido como “a prisão das estrelas”. Localizado no interior de São Paulo, ele teve entre seus detentos nomes como Suzane, Alexandre Nardoni, Anna Carolina Jatobá e Sandra Regina Gomes (Sandrão). A produção foi baseado no livro de Ullisses Campbell.
“Nesse caso que estamos lidando com temas tão sensíveis, delicados e que custam muito caro para a população brasileira. Acho que o mais difícil foi entender que a gente está em uma obra ficcional, puramente brasileira, com profissionais muito comprometidos e dedicados a criar o melhor possível em termos de entretenimento para o nosso país”, declara Letícia Rodrigues, atriz que interpreta Sandrão.
“Algo que foi difícil para todos nós, porque somos humanas com opiniões, julgamentos e sentimentos, foi se distanciar para entregar o que era necessário enquanto personagem. E como também sair de cena, como viver a intensidade dessas histórias e deixar que a personagem fique em cena e você não levar essa intensidade para casa”, completa Marina.
Preparação do elenco
Em entrevista para a Vejinha, o elenco contou como foi o processo de preparação para os personagens. Além do livro homônimo do jornalista Ulisses Campbell, os atores utilizaram o acervo de entrevistas e vídeos dos condenados disponível na mídia.
“Minha preparação começou no teste com uma entrevista dada pela Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni para o Fantástico. Ali eu trabalhei muito essa questão dela, que foi norteadora para o trabalho todo, que é ela estar escondendo alguma coisa. Também entrei nessa personagem muito pela voz, um sotaque específico, que vai do grave ao agudo quase como se ela tivesse retraindo informação e de repente não se aguenta e solta”, conta Bianca Comparato.
Um exemplo real utilizado no roteiro é a primeira entrevista de Suzane von Richthofen e Sandrão para o Gugu, em 2015. A cena da primeira entrevista televisiva de Suzane em mais de dez anos é recriada na série, com destaque para a caracterização das atrizes. “Uma das sequências mais esperadas”, escreve Ullisses em uma postagem.
Outro método de preparação foram as aulas oferecidas pela produção da série. Carol Garcia conta que interpretar Elize Matsunaga exigiu dela novas habilidades: “Eu tive, por exemplo, vários tipos de aula para fazer Elize, como de tiro. Eu nunca tinha tocado em uma arma”.





