Três perguntas para Marcelo Médici
O ator divide a cena com Ricardo Rathsam na comédia Cada Dois com Seus Pobrema, que traz nove personagens, três deles novos, ao Teatro Shopping Frei Caneca
Depois de Cada Um com Seus Pobrema, de 2004, você conheceu o sucesso. O que mudou para levantar o novo espetáculo?
Estamos abrindo a cortina com uma estrutura melhor. Em 2004, o cenário era de papelão e depois colocamos uns biombos. Agora, há uma cenografi a planejada e vamos estrear com patrocínio. Por outro lado, foi preciso adaptar algumas coisas para falar com uma plateia maior. Nunca tive reclamações, mas sei que as piadas não podem ser tão politicamente incorretas nem apoiadas no imediatismo. Vi pouquíssimos stand-ups, mas o que apresentamos tem uma linha diferente.
O público sabe diferenciar o seu tipo de comédia de um stand-up?
O que a gente faz não é algo tão simples em termos de produção. Temos dois atores, cenário, fi gurinos, maquiagem, seis técnicos… No stand-up, os caras entram no palco de bermuda e camiseta e dão um show. Acredito que o público vai saber a diferença, sim. No Cada Dois com Seus Probrema, eu faço o Mico Leão Dourado, o Sanderson, a Cleusa, mas há personagens inéditos. Não quero repetir o sucesso de ontem, embora eu pudesse fazer a primeira peça por muito tempo ainda.
Várias peças cômicas se transformaram em derivados para o cinema e a TV. Você cogita essa possibilidade?
Já pensei e houve uma conversa com o Fantástico para levar os personagens para um quadro fi xo. Mas nem todos caberiam no perfi l da atração. Também existe um projeto para o Multishow e três produtores de cinema me procuraram. Mas eu nunca fi z roteiro de fi lme e tenho uma preocupação muito artesanal com meu trabalho. Não vou transferir tudo para os outros. Preciso meter a mão. Por outro lado, sei que ganharia muito dinheiro.