Ciccillo

Resenha por Arnaldo Lorençato

Uma pequena agitação vem mudando o cenário gastronômico da Rua Mato Grosso, via de um par de quadras atrás do Cemitério da Consolação. Além da mudança do Antonietta para o imóvel antes pertencente ao extinto José e da promessa de ocupação do ponto do antigo restaurante italiano pela nova versão do bistrô Oui, a pizzaria Ciccillo acaba de chegar àquele pedaço. Projeto de um ex-funcionário da Vica Pota, está instalada em um salão tinindo de novo, onde antes ficava uma funilaria. Depois de trabalhar por 22 anos na casa especializada em massas finas de frente ao Parque Buenos Aires, o ex-gerente José Araújo decidiu ter o próprio negócio. Associou-se ao jornalista William Travassos e ao arquiteto Eduardo Afonso. Para pôr o amplo salão para funcionar, Araújo calcula que tenham investido 1,9 milhão de reais. Foram seis meses de reformas até a abertura, em 27 de setembro. Confiada ao pizzaiolo Ivano Sommadossi e ao auxiliar Waldir Borges, a massa de fermentação natural tem coberturas como a clássica margherita (R$ 65,00). Mas não é elástica como as originais napolitanas, já que fica mais tempo no forno e parece um biscoito crocante. Também há combinações como a pancetta (R$ 68,00), que leva essa prima do bacon não defumada com molho de tomate, ovo de codorna, cebola-roxa, parmesão e pimenta-do-reino. Na radicchio (R$ 70,00), além da verdura, vão mussarela e gorgonzola, enquanto a tagliata (R$ 70,00) recebe molho de tomate, fatias de carne, azeite e parmesão. As pizzas individuais podem ser pedidas no almoço executivo durante a semana pelo preço de R$ 44,90. Como antigas trattorias clássicas, serve ainda algumas massas, que decepcionam. É o caso do insípido tortelli recheado de abóbora ao molho de manteiga, parmesão e sálvia finalizado com ricota e castanha-do-pará (R$ 35,00).

Informações checadas em novembro de 2018.