Kuro

Resenha por Arnaldo Lorençato

Os investimentos feitos em especial na matéria-prima, como peixes de ótima qualidade e wassabi fresco trazido da região japonesa de Nagano, somados aos cuidados do chef-executivo espanhol Gerard Barberan no aprimoramento da casa, colocam pela primeira vez o Kuro como melhor representante japonês por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER. Some-se aos resultados positivos o trabalho desenvolvido pelo sushiman Henry Miyano e seu companheiro de balcão Luís Gustavo Costa. São dois turnos por noite com no máximo dez clientes cada um, sentados em torno do pequeno balcão. O banquete (R$ 420,00 ou R$ 570,00, com atum bluefin) começa com um primoroso chawanmushi, o flã de ovos que desfruta da inclusão de uni. Em seguida, vai a pescada-amarela com cogumelo shiitake e um delicadíssimo dashi shoyu, que faz a diferença. Outra delicinha é a prejereba marinada no missô com mirin e vinagre. Só depois dessa sinalização ao paladar começam a chegar os sushis elaborados com um arroz esplêndido. Neles vão o olhode-cão de carne firme com raspas de tangerina, o linguado em ótimo casamento com alga nori, a tainha de textura amanteigada, o carapau de excelência, a cavalinha marinada com precisão, o akami zuke com a imersão rápida em shoyu, o chutoro de bluefin selado no carvão japonês, o toro feito no mesmo processo e o temaki de chutoro com shissô. No arremate, bolo de ovo no lugar da rotineira omelete tamagoyaki. O quarteto de docinhos marshmallow de yuzu, macaron de matchá, choux cream de gergelim e bombom com ganache de saquê e umeboshi, este último com toque salgado um tantinho enjoativo, faz o papel de sobremesa. Há uma seleção de saquês e bons vinhos para acompanhar. Também é possível pedir um dos drinques do Shiro, bar no piso superior do restaurante. O shissô smash (R$ 50,00), que leva a erva shissô, harmoniza perfeitamente com a comida.

Informações checadas entre julho e agosto de 2024.

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