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Defensor do Uber de 17 anos discute com vereador na Câmara

Confusão aconteceu durante reunião realizada nesta segunda (10) para discutir soluções para o conflito entre o aplicativo e os taxistas

Por Pedro Henrique Tavares
Atualizado em 5 dez 2016, 12h11 - Publicado em 11 ago 2015, 00h41
Câmara Reunião
Câmara Reunião (Pedro Henrique Tavares/)
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Realizada na noite desta segunda (10), a reunião marcada na Câmara Municipal para debater soluções para o conflito entre o Uber e os taxistas ficou marcada pela discussão entre um rapaz de 17 anos e o vereador Adilson Amadeu (PTB), responsável pela criação do projeto de lei que proíbe as atividades em São Paulo do aplicativo que cobra por corridas particulares.

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O encontro contou com a participação de políticos e representantes do Ministério Público, Uber e taxistas, além de pessoas interessadas em discutir o tema. Após diversas manifestações, um rapaz de 17 anos, que se identificou apenas como David, decidiu falar para defender o aplicativo.

Aparentando muito nervosismo, ele começou seu discurso destacando as qualidades do Uber. Após ser vaiado por alguns participantes, o jovem decidiu atacar: “Eu não recebo para defender o Uber, mas gostaria de saber quais vereadores e sindicalistas são pagos para criticar o aplicativo.”

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Nesse momento, o vereador Amadeu levantou e criticou a atitude do rapaz: “Você não sabe o que está falando.” Rapidamente, guardas municipais e policiais militares escoltaram o rapaz para fora do auditório. No meio do tumulto, taxistas chamaram o menino de “mentiroso”.

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No final da reunião, Amadeu disse que pretende denunciar o rapaz. “Vou identificar e entrar com uma representação contra ele.”

Opiniões

Ainda na reunião, o especialista em engenharia de tráfego Sergio Ejzenberg falou que é preciso encontrar soluções para o conflito. “Os casos de violência e a falta de diálogo vão prejudicar a categoria. O próximo passo, depois do Uber, é a carona programada. O Waze já testa isso em Tel Aviv. Vamos acordar para o que está acontecendo.”

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“O Plano Diretor de São Paulo permite nossa operação. Nós não viemos para competir e nem tirar mercado de ninguém”, afirmou o diretor de Relações Governamentais do Uber, Daniel Mangabeira, que foi vaiado.

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Não sou contra a empresa, sou contra as autoridades que não tomam providências. É uma organização, não uma empresa, porque não tem CNPJ. Prefeito não fala nada, não toma posição. Se legalizarem, é claro que não vou ir contra. Mas é preciso tomar uma medida. Eu quero que as autoridades chamem os trabalhadores para conversar. É um serviço clandestino”, disse o presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra.

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Inquérito

Nesta segunda, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a denúncia feita por um motorista do aplicativo Uber. O homem afirma que foi vítima de uma emboscada no Itaim-Bibi na madrugada do último sábado (8). Em seu depoimento, ele diz que foi cercado por aproximadamente vinte pessoas que se identificaram como taxistas. Ao tentar fugir, ele foi rendido, colocado dentro de um carro, agredido, ameaçado e liberado trinta minutos depois. O seu veículo foi encontrado depredado.

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