Especialista diz que retirar ciclovias é “retrocesso”
Ministério Público pediu paralisação das obras; decisão depende de aprovação de juiz
Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h41 - Publicado em 19 mar 2015, 09h34
1/33 Obra na Avenida Paulista no trecho perto da Avenida Brigadeiro Luis Antonio (Reprodução)
2/33 Obra da ciclovia na Avenida Paulista perto da Rua Padre João Manoel (Reprodução)
3/33 Obras da ciclovia na calçada da Avenida Bernardino de Campos, na pista sentido Paraíso, perto da Rua Treze de Maio (Reprodução)
4/33 Trecho da Avenida Paulista perto da Rua Carlos Sampaio (Reprodução)
5/33 Trecho final da ciclofaixa da Rua dos Pinheiros, perto da Avenida Brigadeiro Faria Lima (Reprodução)
6/33 Ciclofaixa na Rua dos Pinheiros interrompida por causa do ponto de ônibus (Reprodução)
7/33 Ciclofaixa na Rua Artur de Azevedo, na esquina com a Avenida Pedroso de Moraes, com remendos que provocam desníveis na pista (Reprodução)
8/33 Ciclofaixa da Rua Artur de Azevedo, na travessia da Avenida Pedroso de Moraes, com trincas e buracos na sarjeta (Reprodução)
9/33 Pista da ciclofaixa na Rua Artur de Azevedo, perto da Rua Mourato Coelho (Reprodução)
10/33 Ciclofaixa da Rua Artur de Azevedo com superfície irregular (Reprodução)
11/33 Detalhe da rampa com ferragem exposta da ciclofaixa da Rua Artur de Azevedo (Reprodução)
12/33 Trecho da ciclofaixa da Rua Artur de Azevedo em condições precárias (Reprodução)
13/33 Ciclofaixa na Avenida Antônio Estevão de Carvalho com superfície irregular e obstruída pela raiz de árvore (Reprodução)
14/33 Trecho da ciclofaixa da Avenida Antônio Estevão de Carvalho, perto da estação Patriarca do Metrô, com superfície irregular (Reprodução)
15/33 Trecho da ciclofaixa da Rua Ascenso Fernandes, perto da Avenida Oliveira Freire (Reprodução)
16/33 Ciclovia da Avenida Oliveira Freire, perto da Rua Ascenso Fernandes, obstruída por poste e sem espaço para circulação de pedestres (Reprodução)
17/33 Detalhe do traçado da ciclovia da Avenida Oliveira Freire, perto da Avenida Dr. José Artur Nova (Reprodução)
18/33 Ciclofaixa da Avenida Torres de Oliveira (Reprodução)
19/33 Ciclofaixa da Avenida Escola Politécnica, na Praça César Washington Alves de Proença (Reprodução)
20/33 Detalhe do buraco da ciclofaixa da Avenida Escola Politécnica (Reprodução)
21/33 Ao lado do ponto de ônibus, ciclofaixa da Avenida Escola Politécnica, com pintura apagada e poça (Reprodução)
22/33 Ciclofaixa da Avenida Escola Politécnica, perto da Rodovia Raposo Tavares, com traçado irregular (Reprodução)
23/33 Trecho da ciclofaixa da Rua Fernandes Moreira, perto da Rua José Vicente Carvalho (Reprodução)
24/33 Trecho da ciclofaixa da Rua Fernandes Moreira, perto da Rua Bento Barbosa (Reprodução)
25/33 Ciclofaixa com pintura desgastada na Rua Alexandre Dunas, entre a Avenida Santo Amaro e a Rua Francisco de Morais (Reprodução)
26/33 Quebradeira na Paulista: segundo a CET, trata-se de uma obra de sinalização com ajustes viários (J. Duran Machfee)
27/33 Ciclovia Rio Pinheiros: mais de 20 quilômetros de via (Mario Rodrigues/Veja SP)
28/33 Ciclovia Faria Lima: projeto completo vai custar 54 milhões de reais (Fernando Moraes)
29/33 Haddad e suas pedaladas para os fotógrafos: as faixas exclusivas viraram uma das bandeiras de sua administração (Gero/Folhapress)
30/33 Haddad e suas pedaladas para os fotógrafos: as faixas exclusivas viraram uma das bandeiras de sua administração (Fernando Nascimento/Folhapress)
31/33 Haddad e suas pedaladas para os fotógrafos: as faixas exclusivas viraram uma das bandeiras de sua administração (Moacyr Lopes Junior/Folhapress)
32/33 Avenida Afonso de Sampaio e Sousa, em Itaquera: degrau inusitado (Felipe Neves)
33/33 Rua Armando Penteado com Praça Vilaboim: traçado revisto depois de polêmica com moradores e comerciantes de Higienópolis (Felipe Rau/Estadão Conteúdo)
Retirar as ciclovias de São Paulo “é um retrocesso que não se viu em nenhum lugar do mundo”. A afirmação é de Thiago Benites, gerente de transportes ativos no Brasil do Institute for Transportation & Development Policy (ITDP), entidade com sede em Nova York que atua com prefeituras na elaboração de projetos de mobilidade. “Voltar ao que estava antes na Avenida Paulista não faz sentido para ninguém.”
Segundo Benites, o ritmo de instalação das ciclovias do Brasil “é parecido com que se viu em todo o mundo”. Ele disse ainda que “não parece que não há estudos”.
“O que se via era uma série de estudos que nunca eram implementados. O conceito de uma rede mínima, que está sendo feito agora, mostra que há sim um planejamento”, afirma o consultor, que também afasta qualquer possibilidade de as ciclovias trazerem insegurança. “Isso é um descalabro.”
Já para o ativista Willian Cruz, o Ministério Público tem o direito de pedir para ver o projeto e questionar se houve estudos de implementação. “Mas interromper e retroceder o trabalho que já foi feito para a modalidade urbana na cidade é um absurdo.”
A promotora Camila Mansour do Ministério Público de São Paulo encaminhou ao Juiz da Vara da Fazenda Pública Luis Fernando Guerra um pedido de liminar para a paralisação imediata de todas as obras de ciclovias e ciclofaixas da capital, sem exceção. Ou seja, a medida atinge inclusive os projetos maiores, como os da Avenida Paulista e da Rua Amaral Gurgel. Nesses casos, a corte pede a reconstrução das calçadas, sob pena de multa de 100 000 reais por dia em caso de descumprimento. “Nosso estudo técnico constatou que o programa da prefeitura é ilegal e chega a ferir a Constituição Federal”, afirmou a promotora à reportagem de VEJA SÃO PAULO.
Em 11 de fevereiro, VEJA SÃO PAULO publicou a matéria “O Valor das Pedaladas”, que denunciou o valor elevado no custo médio por quilômetro de ciclovia de 650 000 reais, um dos mais altos do mundo. (Com informações de O Estado de S. Paulo).
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