Fãs de Madonna que pagaram mais caro se revoltam
Após a produtora Time for Fun anunciar redução nos valores dos ingressos para o show da cantora no dia 5/12, fã-clube resolveu organizar protesto
A venda de ingressos promocionais para os shows de Madonna em São Paulo e no Rio de Janeiro provocou insatisfação entre os fãs da cantora. O fã-clube Madonna Oficial Brasil, que reúne 8.300 integrantes de todo o país no Facebook, vai pedir explicações à produtora Time for Fun, responsável pela organização da turnê.
Muitas pessoas compraram o ingresso sem o desconto, por R$ 360,00 (pista, dia 5/12). Agora, eles são vendidos por R$ 200. As entradas para arquibancada (na mesma data), cujo valor mais barato era R$ 170,00, passaram a custar R$ 150,00.
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“É claro que os fãs que compraram os ingressos com antecedência estão revoltados”, afirma Lucas Rafael Augustinho, 18 anos, presidente do fã-clube. “É uma falta de comprometimento da Time for Fun com os fãs que pagaram um valor alto e se programaram para ver os shows”, diz ele.
Na última segunda (19), a organização do evento anunciou uma “cota especial” de bilhetes para as apresentações do dia 5 (no Estádio do Morumbi) e do dia 2 (no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro) de dezembro. Os preços não terão alterações para os shows dos dias 4 (no Morumbi) e 9 (em Porto Alegre).
De acordo com a assessoria de imprensa da Time for Fun, não estão previstas trocas de ingressos ou compensações para os fãs que se sentirem lesados.
A jornalista Nany Mata, 27 anos, manifestou sua insatisfação no Twitter e no Facebook. “Passei a madrugada toda tentando comprar o ingresso para o show de São Paulo e não consegui. O site da Time for Fun estava inconstante e saía do ar a todo momento”, afirmou. “O resultado é que não consegui comprar e vou ao show no Rio por falta de opção. Quando fiquei sabendo que os preços haviam sido reduzidos, fiquei revoltada. Acho um desrespeito com o consumidor.”
De acordo com Márcio Marcucci, diretor de fiscalização do Procon-SP, a produtora tem o direito de fazer promoções. “Não existe ilegalidade. Um supermercado ou uma loja também podem reduzir os valores quando o produto não vende o esperado”, explicou Marcucci. “Quem se sentir lesado pode protestar junto à produtora, mas não é uma ação ilegal”.
Em abril, o Procon-SP autuou a Time for Fun pela cobrança de 20% de taxa de conveniência sobre o valor de cada ingresso vendido para o show, considerada abusiva. O processo pode durar de dois a três anos para chegar a uma conclusão.