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Jovem é estuprada na Estação República do Metrô de São Paulo

Vítima é funcionária de empresa que presta serviços ao metrô e foi atacada dentro do posto de recarga do Bilhete Único

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h37 - Publicado em 6 abr 2015, 14h37
metro republica
metro republica (Ronny Santos / Folhapress/Reprodução)
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Uma funcionária de uma cabine de recarga do Bilhete Único foi estuprada dentro do seu posto de trabalho na Estação República, no centro, uma das mais movimentadas do metrô. Ela se preparava para sair quando foi abordada por dois criminosos. A ocorrência, na noite de quinta-feira (2), só veio a público nesta segunda (6) após denúncia de empregados do metrô. Eles alegam que a empresa tentou abafar o caso. A Polícia Civil está investigando e já tem imagens de câmeras de vigilância que podem auxiliar a identificar os bandidos.

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Contratada da empresa Prodata Mobility, uma das prestadoras do serviço de bilhetagem do metrô, a operadora de recarga tem 18 anos. Segundo o boletim de ocorrência interno, por volta das 23h30, ela estava encerrando suas atividades quando tentou ver pelo olho mágico da porta do quiosque, que fica perto da saída para a Rua do Arouche, antes de abri-la. O mecanismo, porém, “estava quebrado”.

A jovem, então, apagou a luz e abriu a porta. Nesse momento, “foi surpreendida por um indivíduo” de aproximadamente 1,75 metro de altura, de compleição física “forte”, com os cabelos raspados e usando óculos. O homem amarrou as mãos da funcionária “atrás das costas com fita adesiva, tirou a roupa da vítima e praticou ato sexual”.

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Em seguida, o estuprador abriu a porta da cabine, que é blindada, para a entrada de uma segunda pessoa, com cerca de 1,80 metro de altura, de compleição “fraca” e trajando roupa social. O primeiro bandido o chamava de “Rafinha”. Esse criminoso perguntou à vítima “se ela sabia abrir o cofre” que fica dentro da cabine, ao que a jovem respondeu que não. O próprio bandido tentou abrir o equipamento, mas não conseguiu.

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Segundo o boletim, “Rafinha” chegou a levar um carrinho de mão (“tipo armazém”) para carregar o cofre para fora do quiosque da Prodata. Os celulares da vítima e da empresa foram roubados pelos criminosos, que fugiram. Antes de saírem da cabine, eles desamarraram a funcionária “e determinaram que ela permanecesse dentro do quiosque por uns trinta minutos”. Quando saiu, a jovem pediu socorro a seguranças do metrô que estavam perto da área das catracas.

Assistência

O diretor de contratos da Prodata, José Carlos Martinelli, afirmou que a empresa nunca havia enfrentado um crime do gênero desde que passou a trabalhar no metrô, em 2011. “A empresa registrou a ocorrência na Delegacia do Metrô e está prestando toda a assistência psicológica à vítima, que foi levada para um hospital. O assaltante destruiu o sistema de câmeras da cabine, o que provocou um curto-circuito que apagou as imagens registradas no computador.”

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Porém, de acordo com Osvaldo Nico Gonçalves, diretor da Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista (Deatur), que controla a Delegacia do Metropolitano (Delpom), imagens de câmeras do próprio Metrô, externas, poderão ajudar na identificação dos bandidos, que, até o início da tarde desta segunda (6) ainda não haviam sido encontrados.

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Martinelli afirma que a cabine permanece fechada desde o estupro e que o local escolhido para a sua instalação foi determinado pelo metrô. Funcionários do metrô, sob a condição de anonimato, relataram que o ponto em que o quiosque está instalado é perigoso e não é tão bem servido por câmeras de vigilância. Martinelli disse que a Prodata tentará discutir com o metrô um lugar mais adequado para a instalação do posto de recarga. Ele também disse que não tem como confirmar se o olho mágico estava defeituoso e comunicou que a funcionária ficará afastada quanto tempo for necessário.

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Procurado, o Metrô confirma o caso e diz que funcionários da Companhia prestaram o primeiro socorro à vítima. “A Companhia vem prestando todo o auxilio à Polícia, inclusive cedendo imagens dos circuitos de vigilância, para ajudar na investigação do caso. O Metrô tem mais de 1 100 agentes de segurança, que atuam uniformizados ou à paisana, e 3 000 câmeras distribuídas ao longo de suas linhas, nos trens e nas estações”, informou por nota.

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