MPL anuncia primeira manifestação do ano contra o aumento da tarifa
Evento está marcado para essa sexta (8), às 17h, no centro
Nesta sexta (8), às 17h, o Movimento Passe Livre (MPL) pretende fazer a sua primeira manifestação de 2016 contra o aumento de tarifas anunciado no final do ano passado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O bilhete unitário será reajustado em 8,57%, passando dos atuais 3,50 reais para 3,80 reais. O grupo, que faz militância pela tarifa zero no transporte público, criou um evento no Facebook convidando os interessados a se reunirem em frente ao Teatro Municipal. A página já soma cerca de 9 000 pessoas confirmadas.
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Mesmo com as adesões, Laura Viana, porta-voz do movimento, estima um número mais baixo. “Não vai ser aquela coisa gigante de 2013, mas esperamos reunir por volta de 5 000 pessoas”. Até a manhã desta quinta (7), a organização do MPL ainda não sabia informar o trajeto da passeata e não tinha entrado em contato com a CET.
O chute baixo ilustra uma perda de poder da frente, que em 2013 ganhou atenção por manifestações históricas na cidade, as quais conseguiram fazer com que o aumento do preço da tarifa fosse adiado por um tempo. Desde então, o MPL sofreu algumas mudanças. Primeiro, os líderes que posaram em 2013 como a “cara” do movimento não continuam os mesmos.
O professor Lucas Monteiro de Oliveira saiu da equipe “por não concordar mais com as pautas do grupo”, explica Laura. Outros nomes importantes, Mayara Vivian e Nina Capello continuam na ativa, mas estão fora do país no momento.
“O movimento não tem liderança, é horizontal, mas queremos alcançar pessoas de pontos periféricos da cidade que sofrem mais para chegar em casa”, confirma a porta-voz. Cerca de vinte a cinquenta pessoas costumam se reunir para reuniões mensais marcadas via redes sociais sobre as pautas da frente.
Sobre a manifestação desta sexta (8), Laura conta que eles tiveram pouquíssimo tempo para conseguir planejar, mas querem deixar registrado que são contra o aumento. “Queremos ouvir a demanda pública nas ruas e planejar como vamos agir a partir disso”.