A nova safra de picolés gourmets na cidade
Versões de saborosos palitos mexicanos e italianos atraem longas filas em sorveterias
Em dias de calor, encarar uma fila para pedir um sorvete tem se tornado regra em algumas das novas gelaterias paulistanas. Uma cena parecida agora se desenha em estabelecimentos que vendem não as opções cremosas no potinho, mas o primo pop da guloseima: o picolé.
+ Picolé com recheio (sim, recheio!) de leite condensado
A Paleteria Los Hermanos, em Santana, inaugurada em janeiro, é o maior hit. Cerca de 7 000 pessoas passam por lá todo fim de semana, criando uma espera que pode superar os quarenta minutos. Por mês,a loja comercializa cerca de 80 000 unidades das paletas, a versão mexicanada iguaria, com preços entre 6 e 9 reais e em sabores de frutas como jabuticaba e tangerina.
+ Jardins é o bairro das cervejarias
Não está sozinha no mercado.“Como sabíamos que haveriaconcorrência, corremos para lançarnossa marca”, diz Gabriel Fernandes, 20 anos, um dos sócios da Me Gusta, especializada em itens semelhantes. Em novembro, eles injetaram 20 000 reais para montar a linha de produção e levar o gelado a feirinhas gastronômicas. Há um mês, abriram uma loja na Rua Augusta.
O movimento à mexicana também inclui a Los Ticos Paleteros, de Moema, e a Los Paleteros, que deve abrir em maio no Shopping SP Market.
Ao lado delas, ganha força outra vertente do picolé: a italiana, a preços comparáveis. Está presente em espaços como a Blu Gelateria, em Moema, a marca Pazzo, lançada no fim de 2013, com cinquenta pontos de venda.
Todas, porém, ainda precisarão de quilômetros de filas para alcançar a paulistana Diletto, que fabrica picolés gourmets desde 2009, chegando a 1,5 milhão de unidades por mês.