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22% da população aumenta consumo de água em janeiro, diz Sabesp

Esses clientes não receberam conta acrescida de multa, pois a tarifa começou a valer em 9 de janeiro

Por Veja São Paulo
Atualizado em 23 Maio 2024, 18h34 - Publicado em 9 fev 2015, 19h08
sem-agua
sem-agua (Lucas Lacaz Ruiz/A13/Folhapress/)
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Nem a situação crítica dos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo, os novos estímulos à população para economizar água, com a introdução de novas faixas de desconto para quem reduz seu consumo, ou mesmo a ameaça de multa foram suficientes para 22% dos clientes da Sabesp na Região Metropolitana de São Paulo reduzirem seu consumo. De acordo com dados divulgados pela companhia, essa fatia registrou em janeiro um consumo acima da média registrada em fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

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Conforme explicou a companhia, esses clientes não diminuíram o uso de água, mas ainda não receberam uma conta acrescida da multa, já que a chamada tarifa contingenciada só passou a valer em 9 de janeiro e o mês de referência para a sua aplicação é fevereiro.

Essa tarifa adicional vai representar um ônus de 20% a 50% sobre a conta de quem aumentar o consumo de água. Só não recebem essa multa os clientes da tarifa social, que consomem menos de 10 metros cúbicos (m3) por mês, além de hospitais e outros órgãos públicos prioritários. Conforme a Sabesp, os recursos adicionais com a tarifa deverão ser utilizados em medidas de uso racional da água. “Estará expressamente proibida sua utilização para pagamento de dividendos aos acionistas”, diz.

Dos 78% dos clientes da Grande São Paulo que reduziram o consumo, 53% obtiveram uma economia de 20% e conquistaram o bônus de 30% na conta. Outros 7% economizaram entre 15% a 20% e receberam 20% de desconto na conta e 5% diminuíram o consumo entre 10% e 15% e ganharam um bônus de 10%. Os demais 13% consumiram menos água, mas não o suficiente para obter o desconto.

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Em relação a dezembro, quando as novas faixas foram implementadas, nota-se um leve aumento na faixa de desconto intermediária, de 20%, que cresceu 1 ponto porcentual (p.p.). Já a faixa de menor bônus (10%), diminuiu 2 p.p., enquanto a participação daqueles que economizaram mas não ganharam desconto teve aumento de 1 p.p..

Segundo a Sabesp, no mês passado a economia média foi de 5,4 m3/s, o que corresponde ao abastecimento de aproximadamente 1,65 milhão de pessoas, ou cerca de um terço da água retirada em média atualmente do Cantareira, que é de 17 m3/s.

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A companhia de saneamento destaca que desde que o programa de bônus foi criado, em fevereiro de 2014, a economia acumulada é de 100 bilhões de litro de água. “O volume de água economizado acumulado no período representa mais da metade do Sistema Guarapiranga cheio, ou, aproximadamente, um décimo de todo o Cantareira”, diz.

Implantado inicialmente para a região do Cantareira, em fevereiro, o programa de bônus foi expandido, desde maio, para todos os municípios atendidos pela Sabesp na Grande São Paulo, além de algumas cidades da região de Campinas e de Bragança Paulista.

(Com Estadão Conteúdo)

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