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Os profissionais que estão lucrando com obras na cidade

Pedreiros, pintores e outros que aproveitam o período de aquecimento do mercado

Por Mariana Barros
Atualizado em 5 dez 2016, 16h16 - Publicado em 1 mar 2013, 16h58
Capa 2311 - Reformas - Suelen Mendrone
Capa 2311 - Reformas - Suelen Mendrone (Fernando Moraes/)
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Na semana passada, o empreiteiro José Carlos Siqueira realizou o sonho de sua vida: comprar um automóvel Chrysler Grand Caravan. Conseguiu um modelo 2005, cotado em 60 000 reais. “Escolhi logo um carro blindado, por medo de assaltos”, explica. Siqueira tem tirado por mês uma média de 30 000 reais tocando reformas em imóveis paulistanos — costuma cuidar de cinco obras ao mesmo tempo. Ele é um exemplo de como esse tipo de especialista vem sendo valorizado. Siqueira começou sua trajetória em 1989, quando largou o emprego de metalúrgico para auxiliar funcionários de obra. De tanto bisbilhotar e perguntar, foi aprendendo a fazer. Em 1992, abriu a própria empresa para realizar pequenos serviços.

“Aprendi que, além de trabalhar bem, teria de ser organizado e nunca deixar nenhum cliente na mão”, diz. Só com quatro clientes fixos — companhias donas de centenas de imóveis —, ele garante um mínimo de 12 000 reais por mês. O resto vem de serviços avulsos. Figuras como o playboy Chiquinho Scarpa e a apresentadora Hebe Camargo já fizeram parte da relação de clientes. Antes da bonança, porém, Siqueira passou por apuros. Em 2002, num acidente, perdeu a ponta de dois dedos cortando madeira e ficou sem trabalho por seis meses. Agora, em 2013, levará a família toda à Bahia a bordo do carro novo.

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Um bom termômetro do mercado são os cursos oferecidos pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Ali, na escola na Barra Funda, há até MBA para gestão de lojas de material de construção. Nos últimos dois anos, a procura por cursos aumentou 40%. Na semana passada, Suelen Mendrone fez o curso de pintor profissional que utiliza uma pistola de tinta e reduz em 60% o tempo do serviço. Gerente técnica de uma construtora, ela resolveu aprender a manusear a máquina para orientar sua equipe. “Quem ganhava 1 390 reais está pedindo até 12 000 reais com o equipamento”, compara. “O salário é maior que o de engenheiro iniciante.”

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