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Polícia ouvirá psiquiatra de médica suspeita de matar o filho e a nora

A pediatra Elaine Moreira Munhoz tinha depressão e fazia tratamento

Por Redação VEJASÃOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 15h12 - Publicado em 7 mar 2014, 16h42
predio city lapa
predio city lapa (Reprodução/Google Maps/)
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A Polícia Civil deve ouvir nesta segunda-feira (10) o psiquiatra que atendia a médica Elaine Munhoz, suspeita de matar o fillho, a nora e de cometer suicídio em seu apartamento na Vila Leopoldina, Zona Oeste da capital, no último dia 7. 

O marido de Elaine prestou depoimento e confirmou que a mulher tinha sido diagnosticada com depressão desde o fim do ano passado. Ela fazia sessões de análise e se tratava com um psiquiatra, cujo nome não foi divulgado, mas é uma testemunha-chave para entender o comportamento da médica. 

Elaine e o filho, o estudante de medicina Giuliano Landini, foram enterrados no fim da tarde de sábado (8) no Cemitério do Morumbi, Zona Sul. Cerca de 150 amigos e familiares estavam presentes, mas não foi autorizada a participação de jornalistas.

O corpo de Mariana Marques Rodella, namorada de Giuliano, foi levado para sua cidade natal, São José do Rio Pardo, a 250 quilômetros de São Paulo. Ela era filha do cardiologista Mário Rodella Junior e da pediatra Viviane Marques Rodella e também estudava medicina.

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Entenda o caso

Uma mulher, seu filho e a namorada do filho foram encontrados mortos em um apartamento na Rua Passo da Pátria, na Vila Leopoldina. Segundo a polícia, a pediatra Elaine Moreira Munhoz matou o filho Giuliano Landini e a nora Mariana Marques Rodella, ambos de 25 anos, e depois se suicidou com um tiro na boca. As mortes ocorreram por volta das 8h50 de sexta-feira (7).

Parte do crime foi testemunhado por Eliete Silva, empregada da casa. Ela correu para a rua ao ouvir os primeiros disparos e chamou a polícia. À reportagem de VEJA SÃO PAULO, por telefone, disse apenas: “É um caso muito complicado. Não quero falar nada nesse momento”. Segundo o registro oficial de seu depoimento, declarou que Giuliano estava fora da casa, passeando com o cachorro, quando a namorada foi atingida.

Responsável pelo caso, o delegado Daniel Cohen disse que de sete a oito tiros foram disparados. Ele acredita que Elaine matou primeiro a nora. Depois, após embate com o filho, atirou em Giuliano e na sequência trancou-se no quarto e se matou. O delegado afirmou ainda que ela deve ter testado a arma, pois havia cápsulas caídas no chão do banheiro.

Ao chegar ao prédio, os policiais encontraram o corpo de Giuliano no chão da sala, baleado com um tiro no peito, outro no braço esquerdo e um terceiro no rosto. Em seguida, viram Mariana em um dos quartos do imóvel, com um tiro no ouvido direito e outro no braço. Segundo Cohen, provavelmente ela estava dormindo.

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Já Elaine, de 56 anos, estava dentro do quarto onde vivia com o marido, o cirurgião Alexandre dos Santos Landini. Como a porta estava trancada, os policiais tiveram de arrombá-la. A mulher estava ensanguentada, com disparo na boca e o revólver de calibre .38 em uma das mãos. Os policiais encontraram também com a pediatra pedaços de papel com frases como um roteiro de uma conversa.  

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A polícia suspeita que a arma utilizada no crime era de Giuliano, adepto de esportes radicais. O revólver calibre 38 tem numeração, mas não é registrado. Na casa, também foi encontrada uma espada de samurai.

Segundo informações preliminares da polícia, a mãe era contra o namoro do filho, que planejava se casar com Mariana, que dormia esporadicamente no apartamento. O conflito atingiu o auge no ano passado, quando ele abandonou o curso de medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. De acordo com amigos do casal, ele já havia retomado ao curso neste ano. Cohen disse que Elaine apresentava quadro de depressão e fazia tratamento.

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O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, esteve no local do crime. Ele foi prestar solidariedade e está monitorando de perto o caso. É amigo de Mauro Luiz Campbell Marques, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tio de Mariana.

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O crime está sendo investigado pelo 91º Distrito Policial. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, Alexandre Landini e Eliete Silva – assim como os corpos da médica e dos dois estudantes – passaram por exame residuográfico para detectar pólvora.

Amigos estão fazendo homenagens para Mariana em página do Facebook da Universidade Santo Amaro, onde Faísca, como ela era conhecida, formou-se. Natural de São José do Rio Pardo, ela fazia residência médica.

Elaine trabalhava na Unidade Básica de Saúde Alto de Pinheiros. Funcionários da UBS relataram que a médica foi trabalhar normalmente esta semana.

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