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“O Ditador” deixa o pudor de lado e zomba de judeus e árabes

Sacha Baron Cohen mostra mais uma vez o lado malcomportado do humor

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 16h57 - Publicado em 18 ago 2012, 00h51

Quem viu os desconcertantes abusos cometidos por Sacha Baron Cohen em “Borat” (2006) e “Bruno” (2009) pode ter uma noção do que esperar de “O Ditador”, a nova comédia escrita e estrelada pelo ator. Em sua mira, desta vez, estão desde superstars americanas até árabes e judeus. A fórmula dos dois filmes anteriores mudou um pouco. Devido à sua cara manjada no mundo, Cohen, mesmo disfarçado, não se arriscou mais a improvisar por meio de pegadinhas. Preferiu escrever uma história avassaladoramente atrevida e também escorada no politicamente incorreto. O resultado é igual ao dos trabalhos anteriores, sem meio-termo. Ou se ama ou se odeia sua sátira despudorada. Ressaltando preconceitos e misoginia, a fita, em pré-estreia na cidade, tende a provocar gargalhadas genuínas.

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Logo na abertura, surge a primeira piada: o longa-metragem foi dedicado a Kim Jong-Il, o déspota norte-coreano morto em dezembro de 2011. A sequência seguinte dá o tom da narrativa. No quarto de seu palácio, o barbudo general-almirante Aladeen (Cohen) termina uma tórrida transa com Megan Fox — a atriz interpreta ela mesma e cobra um alto cachê pelo programa. Achou ousado? Há muitos outros petardos pela frente.

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Aladeen, o ditador irascível e mimado de um fictício país árabe no norte da África, manda torturar e matar detratores sem piedade. Preocupadas, as demais nações pedem um pronunciamento dele na ONU. Quando ele vai para Nova York, sua vida sofre uma guinada. Tamir (Ben Kingsley), seu conselheiro, quer vender terras aos estrangeiros e, para isso, encomenda a morte de Aladeen e põe um sósia tapado em seu lugar. O protagonista sobrevive. Sem barba e sob nova identidade, terá a ajuda de uma comerciante natureba (papel de Anna Faris) para voltar ao poder.

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Cohen vai ao ataque afiadíssimo. Dos deficientes físicos aos imigrantes filipinos e sudaneses, do grupo Menudo ao atentado terrorista ao World Trade Center, o comediante mostra-se uma metralhadora verbal capaz de brincar com assuntos sérios sem poupar nada nem ninguém. Muita coragem e carta-branca acompanham Cohen, um judeu praticante que, a cada projeto, mostra o lado malcomportado do humor.

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