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Após lockdown, Araraquara tem queda expressiva de novos casos de Covid-19

A Secretaria Municipal da Saúde aponta que taxa de positivos para a doença caiu de 50% para 23%

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h35 - Publicado em 10 mar 2021, 09h34
Araraquara: restrição de circulação e fechamento do comércio começou às 12h deste domingo (21)
Araraquara: restrição de circulação e fechamento do comércio no dia 21 de fevereiro (Reprodução/Instagram/Reprodução)
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A cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, registrou redução na taxa de positivação em novos testes de Covid-19 após quinze dias do lockdown determinado pela prefeitura. O município reduziu de 50% para 23% o índice de positivados para a doença, segundo a secretária da Saúde Eliana Honain, em entrevista ao G1. 

Iniciado no dia 21 de fevereiro, o fechamento da cidade se deu um dia depois que Araraquara bateu recorde de novos casos da doença, com 248 registros em um dia. Já no boletim divulgado na última segunda-feira (8), após duas semanas do início do lockdown, foram registrados apenas 58 casos. Hoje (9), segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a cidade contabilizou 63 novos casos.

Além da crise hospitalar enfrentada pela cidade — que atingiu taxa de ocupação de 100% dos leitos de UTI nas últimas semanas —, outro fator determinante para o lockdown foi a identificação da variante brasileira P.1 da Covid-19 em 29 pacientes. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) registrou a cepa em 93% dos casos analisados na cidade. Araraquara começou o ano de 2021 com 378 casos — com a chegada da variante, o número foi para 1.277 casos de Covid-19, registrados na semana do fechamento da cidade.

“Hoje, estamos colhendo os frutos do lockdown com a diminuição do número de casos. Foi um fruto doído, mas bem recebido porque mostra que a gente conseguiu diminuir a transmissão. A gente tira a lição do quanto é importante o isolamento social”, avalia a secretária Eliana Honain.

Um dos objetivos do confinamento mais restrito foi atingido pelas autoridades: o número de contaminações pelo novo coronavírus diminuiu. Na última terça-feira (2), a Prefeitura de Araraquara divulgou que a cidade registrou 185 novos casos da doença — hoje, foram apenas 63. Isso também aponta para uma redução na circulação do vírus. 

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A redução no número de óbitos ainda não aconteceu. No dia 2 de março, a cidade registrou seis óbitos, assim como na terça (9). Foram notificados, até o momento, 258 mortes decorrentes de coronavírus na cidade. 

No entanto, é preciso lembrar que os pacientes que foram a óbito ontem e hoje, por exemplo, foram contaminados no período de maior transmissibilidade da doença na cidade. Isso devido à dinâmica da Covid-19, em que a doença começa a se agravar entre o oitavo e décimo dia após a contaminação. Segundo Eliana, a redução nos óbitos ainda deve demorar por volta de dez dias. 

A taxa de ocupação nos hospitais também diminuiu. A cidade conta hoje com 81% de leitos de enfermaria ocupados e 93% de UTI. Na terça-feira passada, Araraquara tinha 100% de leitos de enfermaria de UTI ocupados. Nesse caso, a redução se deve a abertura de novos leitos na cidade. A cidade registra 15.640 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. 

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Fim do lockdown

Desde o dia 27 de fevereiro, houve uma progressão nas flexibilizações, retomada gradualmente. Até esta terça-feira (9), a circulação de veículos e pessoas nas ruas da cidade de 240 mil habitantes está liberada apenas para a aquisição de produtos e prestação de serviços autorizados pelo decreto municipal. Quem estiver na rua, deve apresentar documento justificando a circulação, sob pena de ser multado em R$ 120.

“Se os números estiverem crescentes, vamos fazer novas restrições em Araraquara, não temos medo disso”, declarou Eliana. Ela ainda relata que a cidade só entrará em situação de “tranquilidade” quando a taxa de positivados for de 5% dos testes coletados diariamente. 

“Para ter um situação de controle, existem só duas ações: o isolamento e a vacina, que é muito precária por conta da disponibilidade e que não depende dos municípios”, diz. 

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