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Doença que deixa urina escura chega a mais uma cidade

Os casos, por enquanto, estão concentrados no Nordeste. No fim de dezembro, um homem que apresentava sintomas da doença morreu na Bahia

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 13 jan 2017, 17h09 - Publicado em 13 jan 2017, 17h02
Secretaria de Saúde do Ceará: casos suspeitos na capital foram notificados até a última terça-feira (10) (Reprodução / Google Street View/)
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Três casos suspeitos de mialgia aguda não esclarecida, também conhecida como “doença da urina escura”, estão sendo investigados em Fortaleza. Um deles é de uma mulher que veio de Salvador, onde está havendo um surto, e os outros dois são homens do círculo de convivência da primeira. Os casos, em princípio, só foram registrados no Nordeste, mas também são motivo de preocupação em São Paulo, já que muitos paulistanos, ainda de férias, estão viajando pela região neste momento.

Os órgãos de saúde de Fortaleza estão monitorando a ocorrência considerando também os casos notificados na Bahia. De acordo com nota técnica divulgada pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), os casos suspeitos na capital cearense foram notificados até a última terça-feira (10). E a coleta de amostras dos pacientes foram encaminhados para o Laboratório Central do Estado.

Os pacientes relataram sintomas como dores musculares intensas de início súbito, principalmente na região cervical, membros inferiores e superiores e mudança na tonalidade da urina (variando entre vermelho escuro e castanho). Nenhum deles apresentou febre ou dor de cabeça.

Segundo o último informe epidemiológico sobre a doença divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), foram notificados, entre os dias 14 de dezembro e 5 de janeiro, 52 casos suspeitos de mialgia aguda nos municípios de Salvador (50), Vera Cruz (1) e Lauro Freitas (1). A média de idade dos pacientes foi de 42 anos, variando de 8 a 77 anos. No dia 31 de dezembro, um paciente que apresentava sintomas da doença faleceu em Vera Cruz.

As causas da doença ainda não são conhecidas. Suspeita-se de contaminação alimentar por meio da ingestão de peixe. Amostras de pescados “in natura” foram encaminhadas pela Sesab para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para investigação de metais pesados. Duas amostras de peixes consumidas por pacientes serão enviadas para análise no Alabama (EUA).

O tratamento é sintomático e não recomenda-se o uso de anti-inflamatórios.

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