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De acordo com o ministério, os adolescentes sem comorbidades formariam o “último subgrupo elegível para vacinação e somente vigoraria a partir do dia 15 de setembro”. A pasta também diz que a “Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades”.
A posição da OMS, no entanto, é diferente. O órgão diz que “crianças e adolescentes são menos propensos a ter complicações por causa da doença” e que a imunização do grupo é “menos urgente” em relação a outros. A diretora-geral assistente para Medicamentos e Vacinação da agência, Mariângela Simão, diz que deve haver cautela na vacinação.
“Tem que levar com cuidado, principalmente por questão de segurança. A relação de benefício em aplicar a vacina nas crianças ainda não está comprovada. Então você precisa ter mais dados, precisa ter mais estudos sobre a segurança dessas vacinas na faixa etária menor”, disse à ONU (Organização das Nações Unidas) News. Se houver vacinação, a OMS recomenda que ela seja feita com a Pfizer, como ocorria até então no Brasil.
Em nota publicada no dia 15 de setembro, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) diz que “a vacinação de todos os adolescentes é segura e será necessária, priorizando neste momento aqueles com comorbidade, deficiência permanente e vulneráveis como os privados de liberdade e em situação de rua. Havendo quantitativo de doses suficientes para atender a estas prioridades deve imediatamente ser iniciada a vacinação dos demais adolescentes”.
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A capital vai manter a vacinação de adolescentes sem comorbidades. Em nota, a gestão Doria lamentou a posição do Ministério da Saúde. “A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles.”