Ops! Cadê o Starbucks?

Manifestantes que foram à região da Avenida Paulista neste domingo (12), no ato contra a presidente Dilma Rousseff, reclamaram de falta de lugares para comer e beber. Enquanto alguns bares da região estavam superlotados, o café Starbucks (que no ato de 15 de março teve filas gigantes), na altura do Parque Trianon, estava de portas fechadas. Na entrada do estabelecimento, do lado de fora, foi colocado um aviso: “Fechado por falta de água. Desculpem o transtorno”. No entanto, o fato de o cartaz ter sido colado do lado de fora da cafeteria motivou questionamentos: o fechamento ocorreu por desabastecimento ou alguém havia posto o aviso ali para provocar os manifestantes, a maioria eleitora do PSDB, partido que administra o governo do estado?

Nesta segunda-feira (13), a assessoria de imprensa da cafeteria confirmou que o fechamento da unidade ocorreu por falta de água; o aviso teria sido instalado pelo próprio gerente. “Nossos baristas estão orientados a não preparar bebidas ou manusear alimentos quando há falta de água na loja. É um item imprescindível para o funcionamento de qualquer unidade, uma vez que se faz necessária para preparo das bebidas e higienização de utensílios”, informou a nota.

A rede informou que o problema não foi interno da loja, acusando um “provável problema do condomínio, devido à falta de abastecimento da Sabesp”. As demais filiais da região estavam em funcionamento por serem lojas de rua, nas quais seria possível a instalação de caixas d’águas adicionais. A unidade vizinha ao Parque Trianon voltou a funcionar nesta segunda (13).

A versão do Starbucks, no entanto, é negada pela administração do prédio e pela Sabesp. No edifício Conde Andrea Matarazzo, o gerente do condomínio, Renato Silva, confirma que o local enfrenta cortes diários de água, mas sustenta que não houve problema no domingo. “A cafeteria não sofreu por falta d’água no prédio”.

A companhia responsável pelo serviço atesta que o abastecimento foi normal na região no domingo (12). “Não houve nenhuma intervenção de manutenção ou emergencial”, informou a nota da Sabesp, que também não registrou nenhuma reclamação neste trecho da Avenida Paulista.

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