‘Comer & Beber’ 2013: a receita da emoção
Cerca de 1 000 convidados acompanharam a premiação dos melhores da gastronomia, que arrancou lágrimas de alguns vencedores
Não poderia ter sido mais emocionante a premiação dos campeões da gastronomia paulistana pela edição especial “Comer & Beber” de VEJA SÃO PAULO. Num ano recheado de novidades, entre elas a entrega aos vencedores de um troféu feito de garfos estilizados pelo artista Flavio Zerloti, a festa realizada no dia 17 teve como cenário a Casa Fasano, no Itaim.
Na abertura da cerimônia, comandada com humor pela atriz Marisa Orth, houve uma homenagem ao chef espanhol Joan Roca, sócio do restaurante El Celler de Can Roca, na Catalunha, eleito o número 1 do mundo pela revista inglesa Restaurant. Acompanhado pela mulher, Anna, ele prestigiou o evento e fez um breve discurso. “É um grande prazer estar na companhia de tantos talentos da gastronomia”, disse. Em seguida puderam ser conhecidos os campeões em um clima de torcida e tensão.
Os proprietários do The Dog Haüs, lanchonete do Itaim ganhadora do melhor sanduíche, eram total vibração no palco. “No sábado, superamos a marca dos 350 dogs. Fechamos o caixa felizes!”, comemorou o ainda eufórico Shemuel Shoel.
Mestre precoce da chapa, Paulo Yoller, 24 anos, é dono do Meats, em Pinheiros, onde se saboreia o hambúrguer gourmet número 1 da capital. “Batemos recorde no sábado e no domingo. Recebemos 975 pessoas nos dois dias, e o mais pedido foi o palha, o hambúrguer que saiu na foto da revista”, contou Yoller.
Sócia do Tenda do Nilo, no Paraíso, pela primeira vez o vencedor na categoria árabe, Olinda Isper disse que até agrado dos clientes ela e a irmã, Xmune, receberam. “Ganhamos flores”, revela. Chef e dono da melhor cantina da cidade, a Osteria del Pettirosso, no Jardim Paulista, Marco Renzetti precisou dobrar o número de manobristas. “Nosso movimento aumentou 100% no domingo, quando tivemos espera de uma hora e meia”, contabilizou.
Com Luca Gozzani no papel de comandante dos fogões desde o ano passado, o Fasano, no Jardim Paulista, manteve-se líder entre os italianos. A frequência no restaurante de alta gastronomia foi igualmente maior. “Fizemos 150 couverts no sábado. Em média recebemos 120 pessoas”, disse o empresário Rogério Fasano.
O título de chef do ano ficou com Jefferson Rueda, do Attimo, na Vila Nova Conceição. “Foi um sonho. Faz dezoito anos que cozinho e nunca havia ganhado um prêmio da VEJA SÃO PAULO. E tenho uma mulher dentro de casa que foi premiada várias vezes”, festejou, referindo-se a Janaína Rueda. “Agora, sim.”
Pela primeira vez, dois títulos que tradicionalmente eram de homens foram parar em mãos femininas. Gabriela Monteleone, do D.O.M., foi eleita a sommelière do ano.
Principal face do Ritz e do Spot, que inaugurou em julho uma filial no Shopping JK Iguatemi, Maria Helena Guimarães tornou-se a restauratricede 2013.
Os aplausos mais entusiasmados dirigiram-se a Toninho Buonerba, escolhido como personalidade gastronômica por sua contribuição à boa mesa. Inventor do polpettone e dono do Jardim de Napoli, ele recebeu o troféu de Thomaz Souto Corrêa, vice-presidente do conselho editorial da Editora Abril, em uma noite de muitas surpresas e emoção. “Foram tantos cumprimentos que estou até cansado”, brincou Buonerba.
Diferentemente do que aconteceu nas dezesseis publicações anteriores, não houve um corpo de jurados para eleger os vitoriosos. Os 42 vencedores de restaurantes, bares e comidinhas, bem como os segundos e os terceiros colocados, foram definidos pela equipe de especialistas da revista.
A exemplo do ano anterior, o leitor pôde escolher seus favoritos pela internet, agora nas mesmas categorias dos críticos. Uma eleição surpreendente, com quase 600 000 votos de internautas. Na versão impressa, no iPad e no portal de VEJA SÃO PAULO, o leitor encontra 1 000 endereços rigorosamente testados em visitas anônimas.