Pais de quíntuplos pedem ajuda financeira para os recém-nascidos
Os cinco bebês estão na UTI neonatal do Hospital Sepaco, na Vila Mariana. Família é de Santos e não tem dinheiro para itens básicos para as crianças
A encarregada de vendas Karina Barreira, de 35 anos, começava a pensar em engravidar quando descobriu que tinha a parede do útero fina e precisaria tomar hormônios. O tratamento era leve e, a princípio, não deveria superestimular a ovulação. Ela e o marido, João Biagi, de 36 anos, não queriam correr o risco de ter gêmeos – ele está desempregado e o casal vive em uma casa alugada de dois quartos no bairro Canal 5, em Santos, no litoral paulista.
Isso foi há sete meses. Hoje, Karina e João são pais de quíntuplos, nascidos na segunda-feira (13) no Hospital Sepaco, na Vila Mariana, Zona Sul da capital.
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Além do risco, esse tipo de gravidez é raríssima. As chances de uma mulher engravidar de quádruplos são de uma em cada 40 milhões. Cinco fetos, então, é algo tão atípico que a literatura médica mal calcula – acredita-se que essa proporção suba para uma em cada 55 milhões.
“Nos últimos 100 anos, no Brasil, só tivemos três registros desse tipo de gravidez. Eu sei que na minha carreira como médico jamais verei isso de novo”, conta o diretor clínico do Hospital Sepaco, Linus Pauling Fascina.
Em Santos, Karina não encontrou o amparo necessário e veio ter os filhos em São Paulo. “Era como uma bateria de escola de samba. Sentia chutar para todos os lados”, conta ela, que precisou ficar na UTI após o parto para tratar uma anemia, situação normal quando há muita perde de sangue. “Os dois últimos meses foram os mais difíceis.”
Karina deixou a unidade na tarde de quarta e deve ter alta do hospital até amanhã. Os bebês, que ainda não têm nome, seguem na UTI neonatal, onde devem permanecer pelos próximos dois meses para ganhar peso e se desenvolver.
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Três obstetras, dois anestesistas, oito pediatras e nove enfermeiros acampanharam o parto, que também foi filmado (confira vídeo acima).
São quatro meninas e um menino. Ele é o maior, com pouco mais de 1 quilo. Mas o xodó dos médicos se mostra uma das meninas, que foi quem precipitou o parto aos 7 meses. Era a menor de todas, e hoje está com mais peso que as três irmãs. Todas evoluem bem e só uma ainda respira com ajuda de aparelhos.
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Agora, a família se preocupa com a volta para casa. Ganhou fralda suficiente para um ano, mas não possui carro para chegar até Santos, nem carrinho de bebê, nem o leite especial dos prematuros. Muitas doações têm chegado diretamente ao hospital. Há uma conta disponível para depósitos: banco Caixa Econômica Federal; agência 1613; conta poupança 67612-5; em nome de Karina Barbara Barreira.