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Grafiteiro oferece cursos de desenho a crianças pobres

Daniel Melim dá aulas de pintura, colagem e história do grafite em bairros carentes de São Bernardo do Campo, onde nasceu

Por Paulo Henrique Nogueira Filho
Atualizado em 16 Maio 2024, 17h18 - Publicado em 9 ago 2013, 17h38

Um dos grafiteiros mais bem-sucedidos do país, Daniel Melim pintou murais na Avenida Prestes Maia e no Memorial da Resistência, no centro, já expôs no Masp, no MAC, na Pinacoteca e fora do país (Nova York, Londres e Berlim). No dia 31, inaugura mostra individual na Galeria Choque Cultural, na Vila Madalena. Mas um de seus trabalhos menos conhecidos é, talvez, o mais recompensador.

Desde 2006, ele comanda um projeto de integração social em que ministra cursos sobre sua arte para crianças e adolescentes do Jardim Regina e do Jardim Limpão, comunidades pobres de Ferrazópolis, em São Bernardo do Campo, onde nasceu e mantém seu estúdio até hoje. As aulas de pintura, colagem e história do grafite ocorrem em uma associação de moradores da região. “A técnica do estêncil é uma das mais fáceis de aprender e faz bastante sucesso”, diz. Os encontros ocorrem duas vezes por semana, são registrados em vídeo e acompanhados por sessões de capoeira e percussão.

Em alguns casos, os desenhos criados se tornam quadros ou acabam utilizados como inspiração para tatuagens. Além disso, com o consentimento dos respectivos moradores, muros de casas vizinhas são grafitados. Cerca de 500 alunos já passaram pelo curso, que não tem uma duração fixa. Em geral, as crianças entram aos 7 anos de idade —os mais velhos têm 16 anos. O financiamento é obtido com a realização de quermesses, e o próprio artista disponibiliza materiais como latas de tinta e tubos de spray.

“Nessas áreas de grande criminalidade, é bom ver crianças que preferem um pincel a um revólver”, diz. “Penso que elas estão pintando um futuro melhor para si mesmas.” A iniciativa — que ganhou prêmios e foi destaque em eventos no exterior, como no Melbourne Stencil Festival, na Austrália, em 2008, e na mostra Brésil Urbat, na França, em 2007 — não é a primeira incursão de Melim em projetos sociais. Ele já atuou em uma ONG na favela de Heliópolis, na Zona Sul, e colaborou em ações para a erradicação do trabalho infantil em Mauá, na Grande São Paulo.

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Nome: Daniel Melim

Profissão: grafiteiro

Realidade que transformou: oferece cursos de desenho a crianças de bairros pobres de São Bernardo do Campo

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