Encontre um bar de cervejas especiais com a sua cara
A cidade está repleta de endereços que vendem rótulos bacanas - desde os botecões aos mais arrumadinhos
A oferta de bares que oferecem cervejas especiais — aquelas mais saborosas que a bebida amarelinha e aguada de todos os dias — não para de crescer.
+ Onde beber chopes que fogem da mesmice
Confira abaixo um roteiro para encontrar o estabelecimento com a sua cara. E bom brinde.
■ COM CLIMA DE INTERIOR
Empório Sagarana: esta casa de jeitão interiorano foi eleita a dona da melhor carta de cachaças na última edição de VEJA COMER & BEBER. Mas o local tem uma lista de cervejas tão boa quanto, selecionada pelo proprietário Paulo Leite.
Frangó: fora do eixo gastronômico, o bar está instalado num largo com cara de cidadezinha. Além de sua coxinha-celebridade (R$ 31,00, dez unidades), o lugar ostenta uma senhora carta de cervejas com mais de 450 rótulos e dezenas de páginas. A Colorado Frangó custa R$ 17,00 (600 mililitros).
■ NO ESTILO BOTECÃO
Bar do Magrão: o pequeno espaço de Luiz Antonio Sampaio, o Magrão, é enfeitado com traquitanas. Apesar de estar numa rua tranquila do Ipiranga, atrai gente da cidade toda por causa da robusta seleção de fermentadas: 140 títulos. A holandesa 8.6 Blond (R$ 18,00, 500 mililitros) tem coloração dourada e amargor ligeiro.
Bezerra: ocupa uma esquina da Vila Romana com mesinhas de boteco, que recebem um pessoal fã de cervejas especiais. O acervo inclui mais de 100 rótulos, caso da cremosa Wexford Irish Ale (R$ 21,50, 500 mililitros) e da levinha Paceña (R$ 14,50, 355 mililitros), boliviana.
■ MISTO DE BAR E LOJA
Cerveja Gourmet: num canto do salão, prateleiras que vão quase até o teto expõem garrafas e mais garrafas. Na carta, os nomes nacionais e importados se dividem em seções como suaves, amarguinhas e delícias de trigo. Servida em taça flûte, a belga Lindemans Faro (R$ 33,50, 330 mililitros) é doce e ácida ao mesmo tempo.
Empório Alto dos Pinheiros: tem a melhor carta da cidade, vencedora desse prêmio na última edição de VEJA COMER & BEBER. Ostenta incríveis 750 rótulos. A todo momento, o endereço recebe carregamentos de títulos brasucas recém-lançados e raridades importadas. Prove delícias como a india pale ale Houblon Chouffe ((R$ 26,00, 330 mililitros), uma belga com agradável amargor.
Get Your Beer: com dupla vocação, o pequeno espaço na Rua dos Pinheiros é todo devotado à bebida. Suas geladeiras e prateleiras ficam apinhadas de garrafas trazidas pela importadora Get Trade, dos mesmos sócios. Não se esqueça de dar uma espiada nas ofertas.
■ CASAS QUE VIERAM DE LONGE:
Aconchego Carioca: é um templo dos bolinhos e das cervejas importado da Praça da Bandeira, no Rio de Janeira. Sócio da unidade paulistana, o expert em cervejas Edu Passarelli é autor da ótima carta, didática e com quase 200 rótulos agrupados por estilo mais 100 títulos sazonais. A stout Bierland Imperial Stout (R$ 22,00, 600 mililitros) vem de Blumenau (SC);
BrewDog Bar: a aclamada cervejaria escocesa abriu as portas em território paulistano. Encanta pela oferta caprichada de chopes, de sabores cheios de personalidade, e um cardápio com cerca de 300 títulos de engarrafadas. Um contêiner que funciona ao lado da casa vende alguns produtos quando o bar está fechado.
Delirium Café: a matriz, em Bruxelas, ingressou em 2004 no Guinness Book como dona da maior seleção de cervejas do mundo (2 004 rótulos). Aqui na cidade, encontram-se perto de 400, entre eles o belga St. Feuillien Saison (R$ 27,00, 330 mililitros). Na entrada, fica uma loja de delícias fermentadas.
■ ARRUMADINHOS
Bottled Dog: na happy hour, o bar é frequentado por executivos e profissionais liberais de camisa afrouxada. Não há cardápio de cervejas físico, o que obriga os fregueses à prazerosa tarefa de escolher um dos mais de 300 rótulos nas geladeiras. O Saison de Caju, produzido pela gaúcha Tupiniquim com aroma frutado, sai por R$ 23,90 (330 mililitros).
Bier Bär: o ambiente à moda “boteco arrumadinho de bairro”, com iluminação rarefeita e dois televisores ligados, é todo devotado ao malte e ao lúpulo. Suas geladeiras são apinhadas de garrafas, numa seleção que contempla 150 rótulos, de diferentes estilos e origens. Aparece no meio delas a libanesa 961 Beer Lager (R$ 17,00, 330 mililitros).
Coisa Boa: o salão, meio escuro, recebe a iluminação das gôndolas refrigeradas, parecidas com aquelas de padoca, apinhadas de garrafas — são mais de 150 títulos. Poder manusear os rótulos, organizados por países e com os preços grudados nas tampas, é um diferencial. Depois de escolher a garrafa, basta repousá-la na mesa e aguardar um garçom para abri-la.
■ PARA BEBER NO JARDIM
Cervejaria Ô Fiô: o grande trunfo do endereço fica logo na entrada: um aprazível jardim de iluminação indireta, rodeado por plantas e mesas cobertas por ombrelones. Montado em um casarão, o salão abriga uma câmara fria, onde são armazenadas as garrafas. Marca presença a paulista Mula (R$ 23,00, 310 mililitros), uma india pale ale.
Melograno: tem um agradável quintal nos fundos, onde dá para provar um dos 160 rótulos de cervejas selecionadas pela bier-sommelier Cilene Saorin ao lado do especialista americano Randy Mosher. Boa pedida: a escura Traquair Jacobite Ale (R$ 25,00, 355 mililitros), da Escócia.
■ CLIMA CASEIRO
Bierboxx: o bar funciona numa antiga residência. Conservou os tacos de madeira no piso e o agradável quintal arborizado dos fundos, onde sofás e poltronas formam pequenos lounges. Ali, os jogos americanos de papel das mesas estampam um tipo de tabela periódica com os estilos. O cardápio organiza os mais de 100 rótulos por país e também por estilo.
Cervejaria Ideal: o casarão de Perdizes tem até uma churrasqueira para o uso da clientela (com reserva antecipada). Além de chopes de marcas brasileiras, o endereço oferece um menu de cervejas especiais com 26 rótulos.
■ MODERNINHO
Barbearia Corleone: é uma mistura de barbearia e bar. O público escolhe entre cinco tipos de chope e 450 de cerveja.
Cateto: trata-se de um endereço de estilo hipster em plena Mooca. Lembra um pouco Williamsburg, o bairro moderninho de Nova York, com seu estilo. Potes de vidro de compota (sem a tampa) fazem as vezes de copos para a bebida. As geladeiras estão cheias com cerca de oitenta rótulos, que variam sempre.