O que torna a nossa realidade tão violenta é a impunidade (“Uma morte a cada dois dias”, 12 de junho). Tolerância zero e punição exemplar, como acontece em outros países, tenha o criminoso a idade que tiver. É disso que o Brasil precisa. Dina Schaffer
Infelizmente a reportagem já está desatualizada em face das ocorrências do último fim de semana. A violência avança de forma assustadora, e a impressão que temos é que somos vítimas acuadas, sem ação, totalmente expostas aos desmandos de bandidos que sabem que não têm nada a perder ao realizar os assaltos. Há necessidade imediata de ações dos órgãos governamentais para mudar drasticamente esse triste cenário. Miguel Affonso Gentile
Quando as autoridades vão entender que vivemos uma guerra civil que precisa ser encerrada e para isso necessitamos de medidas de choque? Obrigado, VEJA SÃO PAULO, por tirar o nó de minha garganta. Basta! Aymard Caccaos
A combinação entre inércia do estado, polícia engessada e certeza da impunidade faz de São Paulo um cenário perverso onde inocentes são assassinados de modo cruel e covarde e criminosos circulam impunes à caça das próximas vítimas. Luigo Boavista Lopes
Vivo em uma cidade que não me dá a mínima certeza de que eu e os meus familiares voltaremos para casa a salvo no fim do dia. Somos obrigados a pagar por segurança privada, pois a pública é ineficiente. A única esperança é ver a imprensa apertar o cerco, estampando nas capas de revista e manchetes de jornal a vergonha de termos tantas vidas perdidas injustamente. Que, ao menos, cada nome citado sirva para lembrar aos dirigentes de nossa cidade que o caos se instalou em São Paulo. Eugenia Jacob
Nos últimos vinte anos sofri dois sequestros-relâmpago, tive um veículo roubado, dois furtados e minha casa foi assaltada uma vez. Eu me considero um homem de sorte por estar vivo. Devemos acreditar que toda essa violência vai acabar com o aumento das investigações e o pagamento de bônus a policiais?Domingos Arcangelo Sevegnani
O combate à violência demanda medidas drásticas e impopulares às vésperas de um ano eleitoral, como alterações necessárias no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Lei de Execuções Penais. Será preciso coragem e determinação para enfrentar esse problema. Robson Sant’Anna
Obrigada, Vejinha, pelo “Basta!”. Arnaldo Nelson Teixeira
Tendo trabalhado como policial civil por mais de 35 anos, não acredito em solução mágica para os graves problemas na área de segurança. Conheci diversos delegados que hoje ocupam cargos de direção na polícia. Pelo que vi, praticamente todos sempre tinham, em primeiro lugar, interesse na manutenção de seu cargo. Nunca soube que o Conselho da Polícia Civil tivesse feito um plano que contemplasse toda a segurança no território do estado. Vi e ouvi disputas políticas, com o interesse pessoal suplantando o interesse público e o medo de criticar. No conselho, há apenas um amontoado de delegados que paparicam o delegado-geral. Se não houver uma mudança profunda na Constituição, na legislação infraconstitucional e no Código de Processo Criminal, não caminharemos em direção à possibilidade de sair de nossa casa com a segurança que deveríamos ter por direito. José Renato Nascimento
Senhora presidente Dilma, feche os olhos por um minuto e imagine sua filha grávida de nove meses levando um tiro na cabeça, como aconteceu com Daniela Nogueira de Oliveira, história retratada na reportagem. Cristiane Petcov
É frustrante saber que muitas dessas mortes seriam evitadas se tivéssemos leis mais duras para os criminosos. Assassinos condenados a penas pífias, desproporcionais à gravidade do crime cometido, tornam-se frequentemente os autores de novos crimes. Assim como eu, tenho certeza de que nove em dez cidadãos ficam inconformados quando leem que assassinos cumprem uma pequena pena após destroçar uma família ou, pior, que estavam foragidos ou em condicional. Será que nossos legisladores não veem isso? Basta de constatação e vamos à ação. Penas severas, cumpridas na íntegra, sem direito a nenhuma benesse. Com certeza os assassinatos diminuiriam. Nelson Astur Filho
Excelente matéria! Gostaria de convidar o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad para que deixem em casa seus carros blindados, com motoristas e seguranças (pagos por nós), e trafeguem e andem a pé pela cidade como cidadãos comuns, pelo exíguo prazo de uma semana. Não vale dar só uma volta no quarteirão. Desçam de seus gabinetes e venham viver como nós, pobres mortais, à mercê de criminosos maiores e menores, todos armados, prontos para tirar vidas a troco de nada. Maria Luiza Rosito
O mais interessante é que o Brasil é o único país do mundo que pretende diminuir o elevado índice de criminalidade concedendo cada vez mais benefícios aos bandidos. O resultado todos nós estamos vendo no dia a dia. Oswaldo Roberto Manzo Valery
Os problemas dos benefícios da legislação penal e os problemas estruturais históricos da polícia brasileira são constantemente mascarados e a solução imediatista quer penalizar mais uma vez o contribuinte. Ainda que mal remunerado, o policial não pode receber duas vezes pelo mesmo trabalho, que é a sua obrigação. Dar bônus por produtividade é um absurdo. Segurança pública não pode ser tratada como empresa privada. Dênis Fernando Berni
O secretário responde aos leitores
Conforme divulgado na última edição de VEJA SÃO PAULO, o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, respondeu na terça (11) a perguntas enviadas por leitores sobre o aumento dos casos de latrocínio na cidade. O questionamento mais comum dizia respeito ao número de policiais nas ruas. “Para onde vão os homens que são destacados em época de eleição, futebol, Parada Gay?”, indagou Maria de Lourdes Pinto. A explicação: “São Paulo tem um efetivo de cerca de 119 mil policiais, distribuídos entre as polícias civil, militar e científica, isso sem contar as novas contratações. O recorde de número de prisões no estado, com mais de 61 mil presos de janeiro a abril, mostra que estamos no caminho certo”. As dez perguntas respondidas podem ser lidas aqui.
O projeto que visa à revitalização da Casa do Povo não é apenas uma ação louvável (“Sopro de renovação”, 12 de junho), mas, principalmente, exemplar. Um prédio como esse, que tanto contribuiu para o desenvolvimento da sociedade formando e disseminando a formação crítica e política, não pode se tornar ruínas e também não merece apenas uma restauração. Revitalizar: tornar à vida. É disso que essa casa e tantos outros lugares espalhados pelo país precisam. Com ações assim, quem sabe o Brasil tenha a grande chance de deixar de ser um país sem memória. Wagner Fernandes Guardia
Muitos se aventuram nessa árdua função (“Chama o síndico!”, 12 de junho) e nunca mais voltam por motivos simples: a má reputação do cargo deixada de herança, sociabilidade zero entre moradores e desconhecimento de gestão básica pela maioria. Atualmente, 70% do valor da taxa é relativo à folha de pagamento e esta sobe entre 6% e 10% ao ano. Desta forma, valor fixo de condomínio não existe, a não ser que se faça autogestão e licitação de todos os contratos anualmente, o que complica a qualidade dos serviços, com riscos à saúde, à segurança e à vida. Ubiratã Caldeira
Fiz o mesmo passeio (“Rumo à Estação Itaquera”, 12 de junho) um mês antes, para conhecer o Itaquerão. Pela demanda, poderiam organizar visitas guiadas. Sinceramente, só mesmo corintianos e loucos para subir um barranco para ver a construção, ao longe. E será mesmo que São Paulo precisa de mais um estádio? Denis Schaefer
Sou um leitor voraz de suas crônicas, mas não concordei com a palavra longe ao referir-se ao Itaquerão. Expressões de distância, como longe ou perto, são muito relativas, pois dependem do referencial. Para mim, que moro no Tatuapé, longe ficam os estádios do Morumbi e do Pacaembu. Adão R. Derisio
A Kawasaki cometeu um engano ao informar o preço do quadriciclo modelo KFX450F (“Aventuras na lama”, 12 de junho). O valor correto é 41.920 reais. Van Gianellini, Assessora de imprensa da Kawasaki